Ponto de vista da Vanessa:
Quando eu estava no vestiário masculino mais cedo, ouvi o celular do Jason vibrar dentro do locker. Eu sei que não deveria ver, mas não consegui me controlar. Não tinha ninguém aqui. Ouvi passos de lá de fora, estavam correndo. Decidi checar rapidamente. Abri o locker e levantei as roupas dele, logo encontrei um blackberry branco. Tinha uma nova mensagem. Abrir ou não? Eu sabia que se eu abrisse a mensagem, ela vai aparecer como lida. Eu não deveria... Jason é tão misterioso. Não consegui me segurar e apertei o botão. A mensagem era de alguém chamado John.
“Certo. Esteja no depósito à tempo.” Era tudo o que estava escrito.
Que depósito? Qual? Só existe um depósito na cidade, mas ele está abandonado. Jason tinha mesmo cara de frequentar tal lugar. Eu já sabia que ele não era uma das melhores companhias desde quando tombei com ele, ontem. Rapidamente,
coloquei o celular no lugar e sai.
***
“Tchau, Vanessa!” Dylan disse e saiu.
“Tchau!” Acenei.
Andei até a diretoria e deixei meu celular e meu iPod em cima da mesa da secretária. Jason seguiu meus passos. Me pergunto se ele já viu a mensagem. Acho que ele nem sabe que recebeu uma. Só espero que ele não desconfie de mim.
“Certo. Segundo dia. Aspirem essas salas.” Ela disse e me deu uma lista de salas.
Jason e eu saímos para pegar os aspiradores de pó. Tinham muitas salas. Onde está o zelador? Ele que deve fazer esse trabalho. Aspiramos todas as salas. Jason separou o trabalho entre nós dois, para ser feito mais rápido. Provavelmente, ele quer muito encontrar esse tal de John no depósito. Eu queria saber o que ele iria fazer num depósito abandonado. Decidi seguir ele. Não tenho nada de melhor pra fazer mesmo.
“Pronto.” Nós voltamos à diretoria.
“Ótimo. Estão dispensados.” Ela disse e nos levou até a porta.
“Jason. Você pode me dar uma carona, por favor?” Eu perguntei quando vi as escuras nuvens no céu.
“Não.” Ele disse, entrou no carro e saiu.
“Tudo bem. Continue assim.” Disse a mim mesma. “Mãe, você pode vir me buscar?” Pedi por telefone.
Minha mãe chegou depois de mais ou menos 5 minutos. Pedi a ela que me deixasse próximo ao depósito abandonado. Não na porta. Nunca que ela iria me deixar entrar num lugar desses. Nunca mesmo. Ela iria pensar que eu estou dentro de uma gangue ou alguma coisa parecida. Essa foi a razão da minha mãe ter separado do meu pai. Não faço a mínima ideia de onde ele esteja agora. Eu não tenho contato com ele já faz 3 anos. Meu pai comandava uma gangue. Por isso, eu sempre tive tudo que queria. Ele trazia o dinheiro pra casa. Até a minha mãe descobrir que ele matava pessoas pra conseguir esse dinheiro. Ela mandou ele parar, mas ele não ouviu. Ela preparou os papéis do divórcio sem ele saber e ele assinou um dia antes de nós sairmos de casa. Daí nos mudamos pra cá. Me pergunto se meu pai ainda ama mamãe. Eu sei que ela sente falta dele, mas nunca vai admitir isso.
Menti pra ela, disse que tinha um trabalho pra fazer na casa de uma amiga. Fui andando todo o caminho até o depósito. Quando cheguei na porta, vi que o lugar estava muito acabado. Ainda estava em dúvida se entrava ou não, afinal, nem tinha certeza se o Jason estava aqui mesmo. “Eu devo checar, já estou aqui mesmo. E mais, está chovendo pra caramba e não vou ficar aqui nessa chuva.” Pensei.
Abri a porta cautelosamente. Quando eu comecei a abrir, a porta fez um barulho alto. Se existe alguém aqui mesmo, eu vou ser pega com certeza. Apenas fiquei parada, no meio do espaço aberto entre a porta.
“Jason. Ou você faz isso, ou eles vão ficar no seu pé, com certeza. Eu não vou poder te salvar de novo, entendeu?” Um cara estava em pé, na frente do Jason.
Jason estava sentado numa cadeira, com os pés numa mesa.
“Eu sei.” Ele disse e bocejou.
Eu poderia dizer que o cara que estava na frente dele estava quase falando alguma coisa quando me senti sendo empurrada pra baixo e cai nos meus joelhos.
“OLHA O QUE TEMOS AQUI!” Um cara com sotaque Australiano gritou por trás de mim.
Olhei pra trás. De onde eu estava vendo, de joelho, ele parecia gigante. Ele é magro... Definitivamente alto. Loiro, olhos escuros.
“Traga ela aqui.” O cara que estava na frente do Jason disse.
O loiro me puxou pelo cabelo. Gritei de dor ao sentir meu cabelo sendo quase arrancado do couro cabeludo. Ele segurou minhas mãos. Eu estava chutando o ar e gritando, pedindo pra ele me colocar no chão.
“O que você está fazendo aqui?” Jason parecia chocado.
“Conhece ela?” O loiro perguntou.
“Não.” Jason disse e se sentou novamente.
“Qual é o seu nome, garotinha?” O outro perguntou.
“Vanessa.” Respondi.
“Coloque ela no chão.” O cara que parecia ser o líder comandou.
Na mesma hora, fui derrubada no chão.
“Mais gentil da próxima vez, por favor.” Encarei o loiro.
“Cala boca.” Ele disse e me empurrou em direção ao Jason, que ainda estava sentado na cadeira.
Cai sentada no colo do Jason. Ele rapidamente me ajudou a levantar de novo.
“Aw, ela gostou de você.”
“Cala boca, John.” Jason respondeu.
Então o cara que estava na frente do Jason se chamava John. Ele é alto. Não tão alto quanto o cara com sotaque Australiano, mas mais alto que eu, com certeza. Ele é branco, tem o cabelo loiro escuro. Parece ter uns 19 anos.
“Tanto faz. Se divirta com ela.”
O que isso significa? Senti Jason puxar o meu cardigan, estava tentando tirá-lo. Arfei e me afastei dele. Puxei meu cardigan de volta pro lugar.
“Se acalme. Eu não vou fazer nada aqui.” Ele disse e deu um passo em minha direção.
“Fique aonde está.” Eu avisei.
Ele deu outro passo. Eu me afastei. Isso se repetiu até minhas costas baterem no garoto australiano.
“Peguei.” Ele disse e me segurou.
“Ela é minha.” Jason disse e se aproximou.
“Certo. Ela é muito baixa pra mim, de qualquer jeito.” O australiano disse e me
jogou pro Jason.
Jason me pegou e me segurou em seus braços. As mãos dele estavam extremamente baixas. Não sei de quem eu estava com mais medo agora. Meus pensamentos voltaram pro evento da noite passada. Eu não achava que o Jason iria fazer isso comigo. Sei que ele não é o garoto mais bonzinho daqui, mas estuprar garotas?
“Acalme-se.” Ele sussurou em meu ouvido.
Continuei sem me mexer enquanto ele falava.
“Vou levar ela pra casa.” Jason disse e segurou minha mão.
“Espera. O que você acha que está fazendo? Ela sabe muito.” John disse.
“Não se preocupe. Ela não vai contar nada.”
“Não. Eu não confio nela. Eu sei que você também não. Apenas mate ela.” John
disse enquanto pegava uma faca.
Eu não sabia o que fazer agora. Então eu afundei meu rosto no peito do Jason.
Seus braços quentes envolveram a minha cintura.
“Não. Ela não vai contar.” Jason tentou de novo.
“Mate ela. Você nunca teve problemas em matar antes.”
“Eu não tenho problema em matar homens.” Jason corrigiu.
“Oh. Então ela vai ser a primeira garota.”
“Ela é fofa. Eu gosto dela.” Meu coração parou de bater.
Ele acabou de me chamar de fofa? Meu estômago se revirou. É como você ver o garoto que você gosta olhando pra você, ou quando ele fala com você. Esse sentimento.
“E? Existem muitas outras garotas por aí.”
“Bom... Eu não comi essa ainda.” Ele respondeu.
Meu sorriso desapareceu. Que bom que meu rosto ainda estava escondido no peito dele. Senti seus braços se apertarem em volta da minha cintura.
“Oh. Então faça isso e mate-a logo depois.” John jogou alguma coisa pro Jason e o senti soltar uma mão pra pegar.
Continuei parada. Jason não disse nada até eu ouvir as portas se fecharem. Ele me afastou dele e me fez olhar em seus olhos.
“Você está bem? O que você está fazendo aqui? Está machucada?” Ele me encheu
de perguntas.
“Não. Eu estou bem...” Eu respondi ainda anestesiada.
“Não me assuste desse jeito de novo!” Ele gritou e me puxou pra um abraço apertado.
“Jason. O que ele te deu?” Eu disse com os braços ainda em volta dele.
“Um preservativo.” Ele respondeu com um meio sorriso.
“Pra quê?” Me fiz de idiota.
“Pra que serve um preservativo? Vamos.” Ele me empurrou em direção a uma
porta pelo braço.
Puxei meu braço de volta.
“Eu não vou transar com você.” Eu disse.
“Aw, por que não? Não me acha gostoso? Não acha que eu sou grande o bastante?” Ele provocou.
“Jason. Eu estou falando sério.”
“Eu sei. Eu também. Você acha que eu não mereço você?”
“Não... É que...” As palavras desapareceram.
“Vamos! Eu já tenho o preservativo. Tem uma cama nesse quarto.” Ele apontou.
Meus olhos se arregalaram quanto ele tentou me empurrar em direção ao quarto.
“JASON!” Eu gritei e me afastei dele.
“HAHAHA! Você deveria ter visto a sua cara!” Ele riu.
“Ai meu Deus! Cala boca! Eu pensei que você estava falando sério!” Eu gritei depois de perceber que ele estava brincando o tempo todo.
“Tanto faz. Você me deve alguma coisa depois de eu ter salvado você duas vezes.” Ele disse depois de parar de rir.
“Vou te cozinhar alguma coisa.”
“Não. O que você acha de uma sessão de pegação numa cama?” Ele perguntou
parecendo estar falando sério.
“Dá licença?!” Eu perguntei, chocada.
Não sabia se ele estava brincando de novo ou não.
“Pegar. De verdade. Cama ou algum lugar confortável.”
“Por quê?” Perguntei.
“Porque você é gostosa. E mais, sabe como usar a sua língua.” Ele deu de ombros.
Meu coração estava acelerado. Jason é extremamente atraente. Seu corte de cabelo era igual ao do Justin Bieber antes dele cortar. Ele realmente parecia muito com ele. Senti as mãos dele na minha cintura e seu rosto mais próximo do meu.
“Hm? Está tudo certo? Eu não vou te forçar a nada mais íntimo.” Ele perguntou e beijou minha bochecha.
“Veremos.” Eu disse e o puxei pra fora, onde ainda estava chovendo.
Eu sei que ele considerou isso um ‘sim’ e eu vi o sorriso dele. Tentei cobrir minha cabeça enquanto ele me colocou dentro do Chevy dele.
“Vou te levar em casa se você me der seu número.” Ele piscou.
Eu sorri e peguei o celular dele.
“Desbloqueia, por favor?”
Jason pegou o celular da minha mão e colocou a senha e logo depois me devolveu.
Me adicionei na lista de contatos e mandei uma mensagem pra mim mesma pra pegar o número dele.
CONTINUAAAAAAAA
ResponderExcluirPENSEI QUE O SONHO DELE IRIA ACONTECER DDDDDDDDDDD: PENSEI QUE ELE TAVA FALANDO SÉRIO.
ResponderExcluirCONTINUA!
OMG P-E-R-F-E-I-T-A. Continua, please
ResponderExcluirmeu deus linda maravilhosa, so me responde uma coisa a vanessa é virgem ?
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