quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Você é o que você come - 38º capítulo

Ponto de vista do Jason:

Jason me levou para a casa dele. Carregou meu corpo cansado do carro até o quarto. Deitou-me na cama e eu nem me incomodei de me mexer ou falar - eu apenas não conseguia. Ele se fez confortável e ficou apenas de cueca, deitando por cima de mim depois de ter se livrado das roupas sangrentas.

"Bebê, venha tomar banho comigo. Preciso te mostrar um lugar antes do sol nascer." Ele sussurrou - parecia que estava com medo de que se falasse um pouco mais alto eu iria quebrar - e começou a tirar a minha roupa.

Segurando meu corpo em seus braços pela segunda vez em menos de 5 minutos, ele carregou meu corpo nu e me colocou nos meus pés assim que entramos no box. A água estava extremamente quente e senti meus músculos relaxarem no mesmo instante que ela tocou minha pele.

De vez enquando o Justin parava de me ensaboar para me beijar. Senti-o me puxar contra a parede quando minha língua tocou a sua e me deixei levar, colocando minhas pernas em volta da cintura dele, fazendo que seu pênis quase completamente ereto tocasse o interior da minha coxa.

"Bebê, tá muito cedo pra você ainda?" Ele perguntou em meio de beijos.

Sim, eu admito estar excitada e com frio na barriga por causa do que nós estávamos fazendo, mas eu ainda me sentia muito violada com o que tinha acontecido mais cedo.

"Me desculpe, Jason." Falei e o beijei.

"Eu entendo. Te peço desculpas por não ter chegado lá antes." Ele disse enquanto acariciava minha bochecha.

Nós ficamos mais um tempo lá nos beijando e o Jason meio que se masturbou enquanto eu apenas olhava, o que eu achei extremamente quente. Terminamos o banho rápido e nos secamos. Sentei na cama dele depois de secar o cabelo, esperando-o vestir a roupa. Um tempo mais tarde me deparei com um Jason sexy secando o cabelo na frente do espelho - e agora a melhor parte - sem camisa. Ele deu um sorrisinho e piscou pra mim após me ver pelo reflexo do espelho, e eu não pude segurar o rosa das minhas bochechas de se formar. Me joguei na cama, trazendo meu pulso em contato com meu nariz e inspirando fundo a essência dele, que ainda estava forte na roupa que me esprestara.

"Tá com sono?" Jason perguntou andando em minha direção, ainda sem camisa.
Vi que ele tinha vários hematomas no ombros, peito e barriga.

"Você tá machucado." Disse franzindo as sombrancelhas.

"São pequenos e nem estão doendo." Ele disse e se esticou para pegar uma camisa, vestindo-a logo depois.

"Não, eu tô bem." Falei me referindo última pergunta que ele tinha feito.

"Ótimo. Quer vir ver o sol nascer comigo?" Jason perguntou sorrindo para mim.

"Adoraria." Levantei sorrindo ao me imaginar em uma cena tão romântica como essa com o Jason. Com o Jason. Quem diria, não é?

_

Ele seguiu em direção ao lugar e não importou o quanto eu implorei, ele não me disse aonde. Passamos pela placa de Las Vegas e tive a certeza de que era algum lugar fora da cidade. Me senti feliz. Todo aquele preto em volta do céu começou a dissipar e ficava cada vez mais claro. Estava quase amanhecendo.

"Jason, aonde estamos indo?"

"Em um lugar que eu quero dividir com você." Ele sorriu e segurou minha mão
enquanto dirigia só com a outra.

"Você é maravilhoso." Eu disse enquanto examinava ele de perfil.

"Haha, o quê?" Jason riu e tirou os olhos da estrada por um segundo.

"Você é a pessoa mais incrível que eu já conheci. Você me salvou incontáveis
vezes e eu nunca fiz nada em troca." Olhei para baixo ao perceber que eu nunca fui boa o bastante para ele.

"Vanessa, você não sabe do que tá falando. Você tem feito tanto por mim sem ao menos perceber." Senti o carro parar no meio da estrada assim que ele terminou de falar.

Tirei o cinto de segurança assim que vi o Jason tirando o dele.

"Vem." Ele falou e saiu do carro.

Abri a porta e o vi subindo na caçamba do Chevy, me puxando pra ele logo depois. Jason sentou e me colocou no meio das pernas dele, abraçando-me por trás.

"É lindo." Comentei com minha cabeça apoiada no ombro dele.

"O nascer do sol e você. Você não tem noção de como mudou a minha vida."

"Explique-me, então."

"Você me fez parar de fazer tudo de ruim que eu costumava fazer. Eu não quero te assustar mas antes de você ter aparecido, sexo não tinha nenhum significado pra mim. Eu apenas usava as garotas. Eu estava pouco me fudendo se a garota sentia-se bem ou não, eu apenas a usava. Drogas faziam parte do meu dia-a-dia pra aliviar o estresse. Beber virou uma rotina regular e chegou ao ponto de substituir a água pra mim. Eu nunca ficava em casa, sempre nas ruas. Você mudou isso tudo; até mesmo minha relação com o meu cruel pai. Ele começou a mostrar seu lado mais humano, começou a se preocupar mais comigo. Sua aparição na minha vida teve um grande impacto. Você acha que eu já tinha tido uma namorada antes? Você é minha primeira."

"Jason..." Olhei-o nos olhos em choque. Eu nunca soube que significava isso tudo pra ele.

"Desculpe-me por não ser o garoto perfeito. Aquele que é popular na escola, capitão do time de futebol, que tem as notas perfeitas, aquele que seus pais iriam aprovar sem ter que pensar nem duas vezes, com um futuro brilhante pela frente..."

"Você pode não ser o garoto perfeito perante à sociedade, mas você é perfeito nos meus olhos. Eu não quero nem preciso que você seja tudo isso. Eu quero que você seja o Jason McCann que eu me apaixonei."

"Vanessa, você não entende. Vou fazer 18 logo, nós vamos acabar a escola
daqui a pouco. Eu não tenho a mínima ideia do que eu vou fazer da minha vida.

Na verdade, nunca pensei que fosse conseguir me formar no colégio. Eu costumava acreditar que iria ser morto assim como o Cole ou apenas me mataria pra acabar logo com essa dor de uma vez por todas."

"Jason, nunca mais repita isso."

"O que eu tô dizendo é que você merece alguém melhor."

Não, não. Ele não pode estar começando esse assunto... não!

"Jason, por favor. Não comece. Apenas cale a boca e me beije." Colidi meus lábios nos dele. Eu tinha que beijá-lo antes que ele dissesse as palavras que eu mais temia.

Subi no colo dele ao perceber que ele não tinha rejeitado o beijo - muito pelo contrário - Jason respondeu com a mesma força, me deixando meio que desnorteada.

"Você confia em mim?" Perguntei-o depois de nos separarmos para respirar.

"Sim." Ele respondeu sem hesitar.

"Então nunca saia do meu lado. Case comigo."

"Haha. Eu deveria ser o que te pergunta isso."

"Jason, eu não estou brincando. Eu adoraria passar o resto da minha vida com você. Eu sei que eu soo como uma garota obcecada agora, mas por favor."

"Eu te amo, mas não acha que somos um pouco novos demais pra isso?"

"Por que você está me rejeitando? Eu tive que arrumar muita coragem pra te perguntar isso." Olhei para baixo, me sentindo extremamente magoada.

"Eu não te rejeitei. É só que agora não é a hora ainda. Me dê dois anos pra resolver a minha vida. Então eu serei o que vai te pedir em casamento, isso se você ainda me amar." Ele me puxou para ele e beijou o topo da minha cabeça.

"Eu diria sim sem pensar duas vezes." Sorri em êxtase.

"Quer sair e andar um pouco?" Jason perguntou com minha mão na dele.

"Claro." Beijei sua bochecha.

Ele me ajudou a descer e nós andamos de mãos dadas na rua que parecia interminável. O sol estava nascendo na nossa esquerda. Me senti super aconchegada nas roupas do Jason e com ele do meu lado. Conversamos sobre assuntos aleatórios; sonhos, esperanças, e como nós possivelmente poderíamos torná-los todos realidade. Esse era o meu tipo de encontro dos sonhos, apesar de ele não saber disso. Apenas fazer qualquer coisa significante com quem eu amo. Não precisa ser um jantar romântico à luz de velas, nem alguma coisa cara.

Porque enquanto ele me amar, nós poderíamos estar famintos, poderíamos estar sem casa, poderíamos estar sem dinheiro.

***

Oeeeeeeeeeeee! hehe.

Gente, fiquei tão feliz com um comentário no último capítulo! "Você é uma puta duma escritora," me fez sorrir tão grande! hahahaha.

E esse finalzinho ridículo à As Long As You Love Me, hein? DFJKSDFJKSFAD ONDE QUE EXCLUI O BLOG MESMO? hahaha não, to brincando. não pude perder a oportunidade. mas ficou bonitinho, vai.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Você é o que você come - 37º capítulo

Ponto de vista do Jason:

Quando saí do banho vi que tinha uma mensagem da Vanessa. Um sorriso cresceu em meus lábios na mesma hora, para desaparecer logo depois junto com a cor do meu rosto quando acabei de ler o conteúdo da mensagem. Debati mentalmente a possibilidade de ela estar brincando. Não, ela não brincaria com uma coisa dessas. Coloquei uma calça e uma camisa correndo, peguei meu casaco e as chaves do carro no caminho da porta e dirigi até a casa do John. É melhor que esse babaca não esteja com nenhuma garota agora.

"O quê?" Ele soou irritado ao abrir a porta.

"Vanessa. Ela está em apuros."

"Hm. E o que você tá fazendo aqui?" Ele perguntou se inclinando contra a porta.

"Ela é parte de nós! E nós ajudamos uns aos outros." Rangi os dentes tentando manter a calma.

"Jason, da última vez que eu chequei, você não queria que ela fizesse parte de nós. Você disse que era melhor pra ela ficar longe da gente. E você ainda tem a audácia de vir aqui pedir ajuda..."

"John. Eu não estou brincando." Minhas mãos se tornaram punhos do lado do me corpo.

"Criança, eu não ajudo com a sua vida pessoal. Agora saia da minha propriedade."

Saí revoltado. No caminho de volta pro carro eu achei uma pedra consideravelmente grande, peguei o objeto pesado e joguei contra a janela do John. Esse viado vai aprender a não mexer comigo. Ouvi o vidro quebrar e vi o John se aproximar da janela gritando alguma coisa que eu realmente não prestei atenção. Tudo o que eu precisava era saber onde ela estava. Eu estava pouco me fudendo pra onde era, eu só sabia que eu iria até lá e a traria pra casa segura. Senti meu peito ficar cada vez mais pesado. A preocupação, a tristeza e a culpa me consumiam. E se eles fizeram alguma coisa com ela? Tinha quase certeza de quem eles eram. Provavelmente o Cole e a irmãzinha doente dele. Se eu ao menos soubesse aonde eles estavam... Corri pra casa de novo e liguei pro celular dela. Talvez ela ainda o tenha com ela.
Uma voz feminina atendeu o celular, mas não era a da Vanessa. Era mais... fina e irritante. Liguei os pontos e cheguei a conclusão que era a irmã do Cole.
"Passe a merda do celular pro seu irmão." Gritei.

"Eu tô com o seu brinquedinho aqui e não vou devolver." Cole disse, fazendo-me apertar o volante com força até meus dedos ficarem brancos.

Entrei em casa e vi meu pai sentado no sofá vendo televisão. Não o respondi quando me cumprimentou. Corri pro quarto e levantei o colchão da cama, pegando minha arma de prata que eu tinha escondido ali debaixo e escondi dentro do casaco. Encontrei algumas balas extras e coloquei-as no bolso junto com um canivete e um isqueiro.

Disparei em direção ao carro com minha mochila, que continha vários outros tipos de armamento e roupas extras. Nunca se sabe.. Isso talvez, e provavelmente, vai acabar mal. Joguei a bolsa no banco do passageiro e liguei o carro. Eu não tinha a mínima ideia pra onde eu estava indo, tudo o que eu sabia é que eu estava. Eu sabia que eu tinha que parar pra pensar, mas minha mente e coração estavam trabalhando tão rápido que eu não conseguia me concentrar em nenhum pensamento. Pisei com força no freio, o que fez com que meu corpo fosse jogado bruscamente para frente mas segurado pelo cinto de segurança. Merda. Eu preciso me acalmar. Onde eles poderiam estar? Bati com a cabeça no volante, com a intenção de que os pensamentos que estavam na minha mente parassem. Apertei minha mão esquerda contra o peito e senti meus olhos começarem a arder. Ela pode estar machucada agora e eu estou sendo aqui sendo um egoísta, apenas sentado sem fazer nada. Peguei o celular pra ver a hora em que ela mandou a mensagem e vi que não tinha muito tempo. Apertei o acelerador ainda não tendo certeza pra onde eu estava indo. Uma van preta passou por mim e subiu a colina aonde no topo se encontrava uma casa abandonada. Uma van preta? Que merda é essa. A essa hora da noite? Minha mente começou a funcionar. Cole provavelmente conseguiu outras pessoas pra fazerem o trabalho sujo de sequestrá-la. Acelerei o máximo que pude e fui em direção a casa abandonada. Tem uma chance grande. Mesmo se não, pelo menos eu vou estar indo a algum lugar invés de sentar aqui com a culpa e a preocupação me comendo vivo.
Quando cheguei ao topo vi luzes ligadas. Saí do carro e conferi a arma para ver se estava carregada. Se ele a tocou, eu vou estourar os miolos daquele desgraçado. Abri a porta e entrei devagar, olhando meus arredores. A casa era uma mansão rústica, suja.

"Cole! ACHO MELHOR VOCÊ APARECER!" Gritei assim que cheguei no meio do que parecia ser uma sala, e chequei pra ver se não tinha nenhuma armadilha em minha volta.

"Ah, ele está ocupado fudendo a sua vadiazinha agora. Ele provavelmente não vai te ouvir por causa dos gemidos dela. Desculpa. Mas olha, você ainda me tem!" A irmã dele apareceu vestindo nada além de um sutiã e shorts.

"Onde eles estão, porra?!" Apontei a arma na direção dela.

Eu honestamente estava pouco me fudendo. Ela vai morrer junto com o irmão.

"Ah, Jason. Você fica tão gostoso com esse look de bad boy." Ela disse se aproximando.

Meu rosto se contorceu de nojo e subi as escadas correndo, a deixando falar sozinha. Escancarei a porta de todos os quartos até achá-los.

O que eu vi fez meu coração se apertar de dor. Ela estava amarrada à cama, enquanto aquele desgraçado se aproveitava dela. Apontei a arma em direção a ele e estava quase puxando o gatilho quando um bastão de baseball entrou em contato com a minha mão, fazendo com que o Cole percebesse minha presença.

"Não enquanto eu estiver aqui." A piranha gritou.

Mexi meus dedos para ver se tinha algum quebrado, mas graças a Deus não. Cole estava colocando a calça e eu pude ver a Vanessa chorando na cama. Ela estava tão vulnerável. O pescoço dela tinha várias marcas de mão e cortes.

"O QUE DIABOS VOCÊ FEZ COM O PESCOÇO DELA?" Gritei e o joguei no chão, subindo por cima dele.

"JASON!" Ouvi Vanessa gritar atrás de mim.

"Haha, você deixou a sua marca nela. Eu precisava deixar a minha. Esses cortes vão se tornar cicatrizes e ela vai tê-las pra vida inteira!" Ele deu uma risada doente e eu estava quase socando-o quando fui chamado de volta pela voz doída da Vanessa.

Levantei-me e desamarrei as cordas presas à ela com uma faca que estava na cabeceira da cama.

"Venha lutar como um homem. Sem armas." Cole disse levantando.

"HAHAHA! Você vai precisar da arma, seu frangote de merda." Cuspi as palavras na cara dele.

"Veja por si mesmo, McCann."

"Vamos." Eu disse segurando a Vanessa forte, depois a soltando.

"Não, Jason. Não!" Ela chorou desesperada.

"Não, me desculpa, mas eu não posso te ouvir dessa vez. Eu te amo, e já estou voltando pra te pegar." Beijei-a na testa e saí pela porta.

Ponto de vista da Vanessa:


No momento em que vi o Jason entrando pela porta eu sabia que tudo ficaria bem. Mas eu fiquei sim surpresa quando não vi a figura alta do John logo atrás dele. Eu nunca pensei que ficaria feliz vendo-o bater em alguém, mas foi assim que me senti quando o punho dele tocou a mandíbula do Cole. Esse pedaço de merda me estuprou, cortou meu pescoço. O lado bom é que eu não costumo ficar com cicatrizes, e pedi a Deus para não ficar agora. Ele cortou em quase todos os lugares do meu pescoço, e ficaria horrível se as feridas resolvessem não cicatrizar. Quando ouvi o Cole desafiar o Jason meu coração começou a bater mais forte do que antes, se é que é possível. Eu tinha certeza de o Jason ganharia, mas ainda o queria intacto depois da briga.
Os dois saíram do quarto em direção à escada, me deixando sozinha. Ainda sentada no chão, coloquei minhas roupas e o casaco que o Jason tinha tirado e jogado em cima da cama, insistindo que eu vestisse. Ouvi barulhos de socos e gemidos e fechei meus olhos tentando tirar da minha cabeça o fato de que o Jason podia estar se machucando seriamente naquele momento. Abracei minhas pernas e rezei para que o Jason conseguisse sair dessa. Não sei por quanto tempo eu fiquei sentada na mesma posição, mas minha atenção foi retomada quando ouvi a Liz gritar.

"VOCÊ TRAPACEOU, SEU MERDA!"

Corri o mais rápido que pude até lá, segurando no corrimão o tempo todo para manter meu balance. Antes que pudesse descer a escaria toda, olhei para baixo e vi o Jason todo sujo de sangue, debruçado sobre o cadáver do Cole. Depois ouvi o impacto do metal que o Jason deixou cair no chão. Uma faca com manchas de sangue. Um canivete com manchas de sangue, para ser mais exata. Ele trapaceou. Continuei parada no mesmo lugar por o que parecia uma eternidade. Meus olhos se direcionaram à Liz, quem estava indo em direção ao Jason, segurando uma faca. "Não enquanto eu estiver viva," pensei para mim mesma. Engatinhei até a arma do Jason - que se encontrava perto da porta - e mirei nela. Não posso deixá-la nem chegar perto dele. Segurei o armamento com as duas mãos e puxei o gatilho. Meu corpo foi puxado para trás com o impacto do tiro. Fechei meus olhos e me concentrei no grito da Liz. Abri-los a tempo de vê-la caindo no chão, com uma mancha de sangue começando a se formar no peito esquerdo. Eu acabei de matá-la. Virei a cabeça devagar, encontrando um Jason com os olhos arregalados e boca aberta.
Soltei a arma como se ela queimasse as minhas mãos e corri para os braços dele. Assim que choquei contra seu peito, lágrimas começaram a descer desesperadamente pelo meu rosto. Eu acabei de matar alguém. Não acredito nisso! Como tive coragem de puxar o gatilho?! Merda, merda, merda!

"Shh, bebê. Tá tudo bem. Eu tô aqui. Bebê, pare de chorar." Jason repetiu continuamente enquanto passava a mão pela as minhas costas, tentando me confortar. "Vanessa, eu te amo." Ele levantou meu queixo e me beijou, e não se contentou enquanto eu não o beijasse de volta.

"Bebê... eu sei que você está assustada, chocada, arrependida, preocupada, mas você precisa me ouvir."

"A-aham." Gaguejei.

"Ok. Eu preciso que você me ajude a colocar fogo nessa casa. Precisamos destruir o máximo possível. Você pode me ajudar, princesa?" Jason me segurou e se afastou um pouco para que pudesse olhar nos meus olhos.
Assenti devagar. Estava começando a ficar com soluço. Jason correu até lá fora e trouxe com ele galões de gasolina. Nós praticamente banhamos os corpos com gasolina e o resto da sala. Então ele me levou ao carro, colocou o cinto de segurança em mim, me deu um beijo e saiu correndo após fechar a porta do passageiro. Vi-o passar correndo pelo carro e parar logo quando chegou na porta da casa. Puxando um pedaço de papel do bolso e um isqueiro, ele jogou o papel flamejante porta adentro assim que o acendeu e voltou correndo pro carro, ligando-o e acelerando segundos depois. Virei-me para trás vendo as chamas ficarem cada vez maiores, engolindo a construção devagar.

"Jason..." Comecei.

"Shhh, bebê. Me dê um minuto."

Assenti com a cabeça e olhei para frente. Jason tinha as duas mãos no volante, e parecia que não estava nem ali. O corpo dele estava, mas sua mente e alma estavam em outro lugar.

***
Gente, eu estou r e v o l t a d a. Minha fic no Nyah! foi deletada porque disseram que eu tava copiando outra. ALGUÉM ME EXPLICA COMO PORFA?????????? Eu passei um dia inteiro escrevendo a merda do primeiro capítulo e consegui 24 reviews com ele, e a desgraça do site falou que eu copiei. Sério, eu fiquei muito chateada. Mas enfim, a vida segue. Vocês chegaram a ler, por acaso? Porque se sim, talvez eu a continue aqui. Vocês que mandam.
Obrigada pelos comentários, suas lindas! Eu leio todos e fico muito feliz, mesmo não respondendo sempre.