terça-feira, 27 de setembro de 2011

Você é o que você come - 14° capítulo

Ponto de vista da Vanessa:

Desde quando eu mudei pra cá, o único lugar que eu fui foi no shopping, com o Jason. Decidi que já era hora de achar alguma coisa pra fazer. Já fiz todos os deveres de casa e hoje ainda é domingo. A professora de inglês nos passou uma tarefa de redação. Escolher um livro, ler. Depois escrever um relatório sobre o enredo. Crepúsculo já está tão ultrapassado. Hora de ir a livraria!

Olhei no catálogo do bairro para achar a livraria mais perto.

***

"Desculpe, senhorita. Hoje só podem entrar os que estão autorizados."

"Como assim?" Eu disse tentando ver o que acontecia lá dentro.

"Está tendo uma tarde de autógrafos. $100 para entrar."

"Quem está dando autógrafos?"

"Uma criança."

"Qual é o nome dele ou dela?" Eu disse enquanto procurava pelo jovem escritor ou escritora.

"Justin... Bieber."

"JUSTIN BIEBER?"

"Sim. Agora, desculpe-me, mas você tem que sair."

Vi um grupo de garotas estéricas sair da livraria.

"E se eu comprar o ingresso ou seja lá o que isso for?"

"Desculpe-me, mas não posso deixar ninguém mais entrar."

"Aw, por favor?" Eu disse com aqueles olhos do gatinho do Shrek. (Tão ligadas, né?)

"Desculpe-me senhorita. Por favor, saia."

"Por favor?! Eu tenho sonhado com isso a tanto tempo!"

"Eu não posso fazer nada, me entenda. Se eu deixar você entrar, vou ter que permitir todas essas pessoas também." Ele apontou para trás de mim.

Virei-me e vi a multidão de garotas que se formou rapidamente. Tinham garotas de todas as idades. Alguns garotos com as namoradas.

"Certo. Eu não vou dificultar o seu trabalho..." Disse de cabeça baixa.

"Desculpe-me, senhorita."

Sai. Merda! Eu não tinha checado muito o meu twitter ultimamente depois que me mudei. Não posso fazer nada agora. Eu ainda precisava do livro para o relatório. E a porra do Justin Bieber está ali dentro também! Ainda não escontrei meu futuro marido ainda! Que triste! Estava quase chorando agora.

"Saia da frente!" Uma piranha me empurrou.

"Dá licença?!" Perguntei olhando-a.

"SAIA DA MERDA DA MINHA FRENTE!" Ela gritou e me empurrou de novo.

"Ouch!" Essa piranha me empurrou na direção de uma porta, o que me fez bater a cabeça.

"Whoa! O que está acontecendo? Vocês não deveriam empurrar." Disse uma voz MUITO familiar.

A multidão gritou tão alto que o meu ouvido chegou a doer. Puta merda!

"JUSTIN! AI MEU DEUS!" Aquela piranha gritou no meu ouvido.

"Oi." Ele disse sorrindo à todos e me puxou para dentro da livraria.

"Você está bem?" Ele disse segurando meus braços.

"Uhm... Sim." AI MEU DEUS, MEU FUTURO MARIDO É BEM MAIS GOSTOSO PESSOALMENTE!

"Quer sentar-se do meu lado?" Ele referiu-se aonde estava antes.

"Uh, claro." Eu disse não acreditando.

Segui o Justin até a mesa que ele estava dando os autógrafos. O segurança dele pegou uma cadeira pra mim e eu sentei atrás, longe, porque se alguém quisesse tirar uma foto com ele eu não sairia. Como eu queria pegar o meu celular e tirar uma foto dele por trás! Isso seria muito vergonhoso, eu não queria que o meu futuro marido pensasse que eu sou uma maluca obcecada. As filas estavam ficando cada vez menores. A luz lá fora, laranja. O sol deveria estar se pondo em breve. O inverno está chegando, o sol se põe mais cedo.

"Desculpa. Você deve estar entediada."

"Não, isso foi realmente fascinante." Eu disse e dois segundos depois me arrependi.

Fascinante? Isso me fez soar como uma idiota. Assistir alguém autografar livros poderia ser fascinante? Deus, isso me fez soar como se eu não tivesse vida.

"Haha. Eu posso compensar isso, posso te levar para jantar?"

Ai meu Deus. Ele acabou de me chamar para jantar? Justin Bieber? Estava tendo um colapso mental. Minha expressão facial se manteve calma, graças à Deus.

"Claro. Isso seria ótimo." Os dois cantos da minha boca se levantaram e formaram um sorriso no meu rosto.

"Legal. Você pode esperar mais 15 minutos, por favor? Tenho que fazer mais umas coisas." Justin disse e olhou para o relógio.

"Claro."

Ele saiu para fazer o que tinha que fazer. Voltei para a parte da livraria onde os livros ficavam para achar o meu. Paguei e voltei para onde estava e para esperar pelo Justin. Senti meu celular vibrar no bolso. Tinha recebido uma mensagem. Do Jason.

"Eaê gata. Quer sair pra jantar hoje?"

Merda. Jason. Porra! Eu queria muito dizer sim! Justin Bieber... Ou Jason McCann? Ugh! Por que o Jason não poderia me chamar amanhã? Encarei o celular sem saber o que responder. Vou responder, não posso ignorá-lo. Isso seria rude e ele nunca mais iria me chamar para sair de novo. Justin Bieber. Ele é uma celebridade, provavelmente só quer jantar com alguém sem ser a mãe ou o guarda-costas. Eu só vou ter essa chance na vida inteira.

"Desculpa, eu não vou poder. Minha mãe está doente." Menti, mesmo sem querer.

"Oh. Certo. Qualquer dia, então?"

"Eu adoraria (:" Respondi e guardei o celular.

"Hey! Pronta para ir?" Justin voltou.

"Aham." Pus o livro na bolsa e vesti meu casaco.

Justin me levou para jantar. Pediu o meu número, eu dei. Eu duvidava seriamente que ele iria ligar. Mas mesmo assim, adicionou na agenda do celular dele. Não pedi seu número já que não queria me passar como uma fã obcecada. Mesmo eu sendo. Na verdade, estou muito surpresa que durante o jantar eu comi invés de ficar só olhando-o comer. Me senti orgulhosa de mim mesma por não ter gritado na cara do meu futuro marido. Vou me acustumar com isso, certo?

Justin me levou para casa essa noite. Ele me deu um beijo rápido na bochecha antes de sair. Quando saiu, eu não me segurei e soltei um gritinho agudo. Estava toda sorrisos. Talvez bater a cabeça não seja tão ruim assim.

"MÃE! Estou em casa!" Gritei, quase cantarolando, pela porta.

"Vanessa. Finalmente! Jason está te esperando a um tempão!" Ela gritou de volta.

PUTA MERDA! Jason? PORRA, ESTOU FUDIDA!

***

Antes de qualquer coisa, eu queria agradecer pelos comentários. 16! Estamos evoluindo, meninas! ALSKDJLAKSDJLASDJ.

~Respondendo~

Eu, lançando um livro. LASDJLAKSDJLKAJD never ever. Ninguém vai comprar, é/

Os capítulos daqui já estão prontos. Então, eu sei que vocês querem dar opiniões, eu aceito. Mas vai ser irrelevante.

LUUUUUUUUU, SUA LINDA! DESCULPA POR TER DEMORADO, FICA TRISTE NÃO, POXA! BUBU.

A história é do Jason e fica tranqs, tá sendo grossa não. LASKDJLASDJKJD

Claro que eu aceito! Mas já tá tudo pronto. Hehe.

Xô falar uma coisa importante agora... Eu não quero e nem pretendo decepcionar vocês, haha. Se o nome do blog é JasonMcCannStory, é porque a história é do Jason, não do Justin. Achei que vocês iriam perceber isso de cara, mas não deu né. Enfim, vocês vão ler o que vai acontecer dai pra frente!
E ME DESCULPEM SE EU ESTOU SENDO GROSSA, REALMENTE NÃO É A MINHA INTENÇÃO!

Beijo, suas lyndas com y. ALKSDJLASDKJLAKSD

sábado, 24 de setembro de 2011

Você é o que você come - 13° capítulo

Ponto de vista da Vanessa:

Jason sentou, colocando a calça de volta. Na verdade, ele só levantou um pouco já que usa o jeans baixo. Baixo até demais.

"Aqui. Imprima o papel." Jason me entregou o laptop.

"Certo. Parece bom."

"E nós acabamos."

"Sim, acabamos."

Eu não queria que o Jason já fosse embora. Mas também não quero pedir ajuda para desempacotar as coisas da minha família. Parecia-me que eu já estava pedindo muito.

"Você ainda quer ajuda para desempacotar as coisas?"

Obrigada Deus, por fazer ele perguntar.

"Sim, se não for pedir muito..."

"Tudo bem. Eu não tenho nada para fazer agora mesmo." Ele deu de ombros.

"Estão todas no porão..." Eu disse enquanto guardava o trabalho.

"Vamos." Ele fez um sinal para que eu o mostrasse o caminho.

"Certo. Obrigada por ajudar."

"Eu já disse que está tudo bem. Pare de falar isso."

"Desculpa."

Jason não disse mais nada depois disso. Ele apenas me seguiu até o porão onde minha mãe e eu colocamos todas as caixas que ainda estavam fechadas.

"Tudo ainda está nas caixas." Eu disse e andei até uma que tinha o meu nome escrito.

Abaixei para pegar. Antes que eu pudesse levantar a caixa, senti um braço em
volta do meu quadril me puxando levemente para trás. Jason pegou a caixa e subiu as escadas.

"Obrigada."

"Sem problemas." Ele disse enquanto colocava na mesa da cozinha.

Peguei uma faca e cortei a fita adesiva que estava prendendo as duas
aberturas da caixa juntas.

"Seus objetos pessoais?"

"Sim. Eu coloquei todos aqui, mas não tive a chance de decorar o meu quarto ainda."

"Melhor não ter nenhum poster do Justin Bieber."

"Então não olha." Peguei uma pasta onde todos os posters estavam
guardados.

"Aposto que tem fotos nuas dele e que você se masturba enquanto vê."

"DÁ LICENÇA?! EU NUNCA FIZ ISSO, PARA A SUA INFORMAÇÃO!"

"Tenho certeza que não..."

"Não fiz! Na verdade, o mais longe que eu fui com um garoto foi beijar."A
última parte pulou da minha boca.

"Ah, sério? Não, espera! Não vai me dizer que esse garoto fui eu?!"

Olhei adiante. Era a verdade. Nenhum ex namorado meu tinha me beijado do
jeito que ele me beijou. E com isso eu quero dizer língua com língua mesmo.

"Hm, fui eu. Como eu me sai?"

"Não vou responder isso." Passei por ele e fui até o meu quarto com posters e
durex na mão.

Coloquei os posters em cima da cama e peguei um. Um do Justin Bieber.

Cortei um pedaço do durex e grudei no meu dedo. Cortei outro pedaço e
coloquei em outro dedo. Apoiei o poster na parede. Fiquei na ponta dos pés para alcançar os cantos do topo do poster. Não sou do tipo alta. Nem chego perto, devo ter mais ou menos um metro e cinquenta. Senti o Jason envolver seus braços na minha cintura por trás de mim de novo, seus lábios no meu pescoço.

"Nem pense em colocar esse viado na sua parede." Ele sussurou no meu pescoço.

"Eu amo ele."

"Não, você não ama. Ele não está namorando?"

"E...?"

"Siga em frente."

"Para quem? Você?"

"Claro. Vamos."

Jason pegou minha mão e me forçou a soltar o poster. Tirou o durex dos meus dedos. Me levou até a cama e sentou-se, colocando-me em seu colo. Ele estava sentado contra a cabeceira da cama, de modo de ficasse confortável para ambos. Jason me virou, me fazendo ficar cara a cara com ele. Logo seus lábios estavam contra os meus, me beijando suavemente, no início. Sua mão direita se encontrava na minha cintura e a esquerda no meu pescoço, empurrando-me contra ele. Lentamente, correspondi ao beijo. Jason tomou isso como um sim e tornou o beijo rude. Eu não podia fazer nada, o 'Jason rude' era muito sexy. Gemi seu nome dentro da sua boca quando o senti lamber meu lábio inferior, me pedindo para abri-los.

Meus lábios se partiram e logo foram envadidos pela língua dele. Sua língua molhada e quente na minha boca. Beijei-o de volta. Minha língua roçou na sua por acidente e eu ouvi um gemido grutual escapar de seus lábios. Eu queria ouvir de novo. Por que eu estou me sentindo desse jeito? Nunca fiz isso com nenhum ex. Conheço esse cara a menos de um mês e ele já está quase me engolindo, com a língua na minha garganta abaixo e eu estou gostando?

Eu não tinha percebido, mas as minhas ações tinham se acalmado desde que senti a sua língua roçar a minha e a mão puxando o meu pescoço contra ele. Eu estava meio que inclinada para frente. Decidi trazer-me mais para perto de seu corpo. Isso não vai doer. Minhas mãos foram para o cabelo dele e movi minha bunda em seu colo para ter meus braços totalmente em volta dele. Assim que eu fiz, Jason deixou escapar um longo gemido e suas mãos sairam do meu pescoço e foram até aos meus quadris. Sua língua e a minha estavam brigando na minha boca. Suas mãos estavam me fazendo mexer contra ele. Me sentia tão bem. Como uma coisa errada pode ser tão certa? Eu não estou nem saindo com ele. No entanto, estou rebolando no colo dele, beijando-o na minha cama pela minha própria vontade. Me senti suja, como uma vagabunda. Bom, eu não sou uma vagabunda. Cheguei para trás e me separei do seu colo.

"O que houve?" Ele perguntou surpreso.

"Isso..." Fiz um gesto com a mão, mexendo-a e mencionando o que tinhamos
acabado de fazer.

"O que que tem?"

"Eu não deveria estar fazendo isso. Pelo o que eu sei, você deve ter uma
namorada."

Por que ele não teria? Ele é lindo pra caramba, sexy, inteligente, talentoso.

"Sim. E é por isso que eu vim para sua casa ontem ao invés da dela. É por isso que eu estou te beijando ao invés dela."

Apenas dei de ombros, ainda não olhando-o nos olhos.

"Nós não estávamos fazendo nada de errado. Apenas nos divertindo."

"Parece errado pra mim."

"Por quê?"

"Eu nunca fiz isso com nenhum dos meus ex-namorados e mal te conheço e já estou em cima de você."

"Não me importo. Sou sexy. Tenho 17 anos. Não estou reclamando."

"Me desculpa, mas você vai ter que escontrar outra garota pra esse tipo de 'diversão', eu não sirvo pra você." Eu disse e levantei da cama.

"Ah vamos, você não estava reclamando a um minuto atrás... Se eu fui muito longe por ter te 'esfregado' contra mim, então me desculpa." Ele levantou e
veio na minha direção.

"Me desculpa, Jason."

"Então tá bom. Acho que vou procurar outra pessoa." Ele jogou o cabelo e saiu.

Ouvi a porta da frente abrir e depois ser batida com violência. Fui até a janela e olhei para fora e o vi andando até o carro. Ele entrou e foi embora. Me sinto arrependida por um lado, mesmo não lamentando. Que se foda. É melhor não ser um brinquedo pra depois ser jogada pro canto quando outra pessoa aparecer. Continuei a decorar o meu quarto sozinha.

~Respondendo~

O Justin vai aparecer na história daqui a pouco. Hehehe.

Ah cara, deixem de ser lindas assim! Eu AMO os comentários, leio todos e fico muito feliz (:

Ah, e me digam o que acharam daquela parte ali em cima, acho que vocês sabem qual é. Hahaha (;

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Você é o que você come - 12° capítulo

Ponto de vista da Vanessa:

Acordei sozinha na cama e em casa. Minha mãe me deixou um bilhete avisando que tinha saido para uma reunião. Isso é o que normalmente acontece. Ela trabalha, trabalha e trabalha. Se eu fizesse uma tatuagem no rosto ela não perceberia. Ela ama a mim... e ao trabalho também. Acho que foi porque quando o papai foi embora, ele nos deixou sem nada. Na época, mamãe me deixava em casa sozinha, já que não tinhamos dinheiro suficiente para pagar babás e ia trabalhar para colocar comida na mesa e um teto sobre nossas cabeças. Hoje em dia eu continuo ficando em casa sozinha, mas a única diferença é que eu já sei me cuidar. Tomei um banho e mandei uma mensagem para o Jason perguntando se ele podia aparecer lá aqui casa para podermos fazer o trabalho.

"Vou estar aí daqui a pouco." Ele respondeu.

Eu não sabia o quanto tempo o 'daqui a pouco' significava, mas acho que pelo menos uns 15 minutos. Peguei a primeira coisa comestível na minha frente, o que felizmente foi cereal. Vi Bob Esponja enquanto esperava o tempo passar. Finalmente, a campainha tocou.

"Oi!" Sorri enquanto abria a porta.

"Encomenda para Sra. Tracy?"

"Obrigada." Meu sorriso desbotou quando eu peguei a caixa e entrei de volta.
Coloquei a caixa em cima do balcão da cozinha e voltei para o meu lugar no sofá, vendo TV. A campainha tocou pela segunda vez hoje.

"Oi."

"Oi querida, estou aqui para dar-lhe boas-vindas ao nosso bairro. Eu moro do outro lado da rua, se você precisar de alguma coisa. Fiz esses cookies para você e sua família hoje de manhã." Uma senhora de idade entregou-me uma vasilha de plástico com cookies.

"Muito obrigada, eu vou te devolver a vasilha assim que puder."

"De nada. Foi um prazer te conhecer."

"Meu nome é Vanessa e o prazer é meu." Estendi a mão para cumprimentá-la.

"Hm, dá licença?" Alguém interrompeu.

"Oh! Me desculpe! Vou deixá-la com seu namorado agora." Ela desculpou-se e
voltou para casa.

"Oi Jason. Você foi rápido."

"Eu não moro tão longe..."

"Bom, são pelo menos 10 minutos caminhando."

"Já pensou que eu posso ter vindo de carro?" Ele balançou a chave na frente do meu rosto.

"Entre." Sai da frente da porta para ele poder entrar.

"O quê? Não vai me expulsar da sua casa que nem você fez ontem?"

"Quando você saiu? Quando eu acordei você não estava mais aqui."

"Você me disse para ir embora antes de você acordar."

"Bom, eu não queria... Certo. Esqueça."

"Então você queria que eu tivesse ficado mais tempo?" Jason abriu um sorriso
de canto.

"Eu não disse isso."

"Mas você também não disse que não." Ele sorriu.

"Será que nós podemos focar no trabalho, por favor?"

"Certo. Trabalho agora. Flertar depois." O comentário pareceu ser feito mais para ele mesmo, então eu não disse nada.

Fiz um gesto para ele me seguir até o quarto. Essa é a primeira vez que ele realmente andou pela minha casa. Ontem à noite ele entrou pela janela. Um dia antes tive que arrastá-lo já que estava inconsciente.

"Casa legal." Jason comentou.

"Obrigada. Ainda não está totalmente pronta, minha mãe não desempacotou
muita coisa ainda."

"Eu poderia ajudar você quando nós acabarmos, se você não se incomodar."
Ele ofereceu.

"Se não for muita coisa... E só quando nós terminarmos e SE você não ficar
agindo como um estúpido de novo."

"Flertar é estúpido? E você é o que, um tipo de santa?"

"Quase isso, para falar a verdade." Brinquei.

Virei-me para olhá-lo e vi que ele estava sério com a minha última observação.

"Estou brincando!" Assegurei-o.

"Ótimo. Eu gosto que as minhas garotas sejam perversas, se você sabe o que
eu quero dizer." Ele piscou e lambeu a parte dianteira dos dentes antes de ir
para o meu quarto, me deixando para trás.

"Eu não sou sua garota, Jason." Disse enquanto pegava meu livro de ciências da mochila.

Senti um queixo no meu ombro enquanto braços me envolveram firmemente pela cintura me puxando contra ele. Minhas costas pressionadas sobre seu peito.

"Bom, quer ser minha garota então?"

Não sabia o que responder. Meu coração estava batendo forte contra minha caixa toráxica. Jason acabou de me pedir em namoro?

"Hmm? Eu trato as minhas posses com carinho." Ele tirou o cabelo de trás da
minha orelha enquanto mordia o lóbulo levemente.

Posse. Isso é tudo que eu serei para ele? Eu tinha que dizer não mesmo as borboletas no meu estômago não parando.

"Você disse que ia trabalhar no nosso projeto primeiro."

"Certo. Vamos fazer então."

Sentei na cama e Jason seguiu os meus passos. Abri o livro na página certa e falamos sobre o projeto. Já que escolhemos o projeto do bebê, tinhamos que tirar uma foto de nós mesmos e resto seria feito no photoshop. Depois disso teriamos que jogar um dado ou uma moeda para definir o sexo do bebê. Coisas assim. Rapidamente, tirei uma foto de mim mesma e do Jason com a webcam. Ele fez toda a parte do photoshop, já que eu não sei mexer nessas coisas. Tiramos foto em que o Jason tinha o braço em volta do meu pescoço e me puxou para perto, nós dois sorriamos. Planejei mentalmente em colocar a foto como plano de fundo do computador depois que ele saisse.

"Awn, nosso bebê ficou muito fofo!" Eu disse quando a foto ficou finalmente pronta.

"É. Vamos dar um nome para ele."

"O que você tem em mente?"

"Alex."

"Alex? Pode ser, mas porque esse nome?"

"É o nome do meu irmão."

"Eu não sabia que você tem um irmão. Quantos anos ele tem?"

"Mais ou menos 20."

"Nunca vi ele. Mesmo quando fui na sua casa. Ele vai para o colégio ou
alguma coisa?"

"Pode-se dizer que sim."

"Universidade, então?"

"O que você quiser pensar." Ele sorriu para mim.

"Onde ele está?"

"Na escola."

"Não, sério. Aonde está o seu irmão? Eu nunca vi seus pais também."

"Você só foi na minha casa uma vez."

"É, mas era 10 horas da noite. Eu deveria ter visto eles pela casa."

"Eu nunca vi a sua mãe. Ela não deveria estar em casa?"

"Está trabalhando."

"Ela trabalha no final de semana?"

"Sim. Dinheiro é uma coisa importante para gente. Ou pelo menos, para ela."

"Ah, entendo. Vamos imprimir a foto."

"Certo." Conectei o laptop na impressora e imprimi o nosso bebê.

Nosso Alex tem os olhos castanhos e o cabelo dourado como os do 'pai'. Ele tem o meu nariz e os olhos e a boca eram do Jason. O bebê mais fofo que eu já vi em toda a minha vida.

"Certo, agora nós temos que fazer a redação que vai ser entregue junto com a foto."

"Comece a trabalhar, mulher."

"Mas você tem que ajudar também!"

"Eu fiz todo o trabalho da foto."

"O que não foi muita coisa."

"Mesmo assim, você não fez, fez?"

"Você pode pelo menos me ajudar, por favor?"

"Faça-me um sanduíche primeiro."

"Você tá brincando, não tá?"

"Maionese, sem picles. E pegue alguma coisa para beber também."

"Faça você mesmo esse maldito sanduíche!"

"Eu vou começar a escrever enquanto você faz o lanche."

"Fechado." Corri para cozinha para fazer o sanduíche.

Coloquei tudo que ele pediu, sem picles. Peguei uma lata de coca e da geladeira e voltei para o meu quarto.

"Até aonde você escreveu?" Perguntei colocando o sanduíche na mesa do lado dele.

"Bom, eu estava planejando começar quando recebi uma mensagem. E tive
que responder. Mas ela respondeu de volta antes mesmo que eu pudesse
guardar o celular."

"Ela? Quem?" Meus olhos se estreitaram.

"Alguém. Ninguém que te interesse."

"Tanto faz. Vamos voltar ao trabalho."

"Eu como, você digita."

"Ugh, você nem começou ainda!"

"Nós temos que dividir o trabalho uniformemente. Eu fiz a foto, você faz o
texto." Ele disse e mordeu um pedaço do sanduíche.

"Cale-se e coma essa merda de sanduíche." Comecei a digitar.
"Você não quer?"

"Não." Estava completamente focada no trabalho e nem tirei o olho da tela.

"Morda um pedaço." Ele colocou o sanduíche perto dos meus lábios.

"Não, apenas coma. Me deixe trabalhar nisso."

"Isso pode esperar. Você tem que comer. Eu gosto de carne nas minhas
garotas, gosto de ter aonde pegar."

"Não, obrigada. Eu não estou com fome." Virei o rosto.

"Você faz um bom sanduíche. Coma um pouco." Ele colocou perto dos meus lábios de novo.

"Certo." Mordi um pedaço para ele me deicar em paz.

"Boa garota."

"Quando acabar, você pode me ajudar, por favor?"

"Só se você me ajudar a acabar com esse sanduíche primeiro."

"Tá. Aaah." Abri a boca para morder de novo.
"Coma o último pedaço."

"Seu sanduíche, você come."

"Não."

"Ugh, eu não vou discutir com você. Me dá."

"Na não. Eu te dou na boca."

Olhei-o nos olhos e vi que estava falando sério. Abri a boca e ele me deu o último pedaço. Mastiguei e engoli.

"Agora beba um pouco de coca."

"Eu não gosto."

"Então porque tem aqui?"

"Minha mãe gosta."

"Certo. Do que você gosta? Eu pego pra você."

"Ah, me dá essa merda logo!" Puxei da mão dele e tomei um gole.

"Agora, deixe-me ler o que você escreveu."

"Não está bom, vou logo avisando." Empurrei o laptop para ele.

Sempre fico insegura quando pessoas lêem as minhas coisas. Acredito que o meu jeito de pensar é diferente de todo mundo.

"Está bom. Quer que eu termine?"

"E a sua política de dividir o trabalho uniformemente?" Disse brincando.

"Quer ou não?"

"Sim, por favor!" Coloquei o laptop no colo dele e ele começou a digitar.

"Eu sabia que sim."

"Obrigada! Eu te amo!"

OOOOOOOOOOOOOPS. Essa escapou!

"Me ama, huh." De novo, disse para si mesmo.

"Eu não quis dizer isso."

"Tenho certeza que sim. As garotas só dizem isso quando sentem de verdade ou para as amigas. Por acaso, eu pareço uma menina?"

"Boooooooooooooooooooom,-"

"Nem pense em falar isso."

"Ah, é. Me prove."

"Agora."

Jason ficou de pé e levantou a camisa para revelar a fivela do cinto. Suas mãos trabalharam na fivela. Dei uma espiada no abdômen dele. Meu Deus. Por que não é surpreendente para mim que ele tenha um tanquinho? O vi a começar a abaixar o jeans. Esse ato mostrou mais um pouco da sua cueca box branca. Todos os garotos parecem gostar de usar calça com a cueca aparecendo. Se o Jason não usasse essas camisas longas que ele usa, você seria capaz de ver toda a bunda dele quando se abaixasse! Tenho certeza que todas as piranhas da escola amariam isso.

"Whoa! Acalme isso aí. Eu entendi. Estava só brincando." O parei antes que ele pudesse tirar toda a calça.

O principal ainda estava coberto pelo jeans. Obrigada Deus por isso.

"É, mantenha sua boca calada da próxima vez." Ele afivelou o cinto de volta e sentou-se.

~Respondendo~

Ela tava putênha porque o Jason foi apurrinhar ela 1 hora da matina, ué. Hahaha

Ele não estava brincando quando chamou-a de bebê, ele só estava sendo 'carinhoso' porque em seguida ele pediria pra dormir lá.

Obrigada pelos comentários suas lindas! Fico tãao feliz! (:

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Você é o que você come - 11° capítulo

Ponto de vista do Jason:

Eu continuo contra a ideia de ter a Vanessa como minha parceira. Primeiro de tudo, eu trabalho sozinho. Sempre sozinho. Prefiro assim. Segundo, não queria Vanessa envolvida nas coisas que eu faço. Para o próprio bem dela. Espera. Por que eu estou ligando se ela vai morrer ou não mesmo?!

"Jason."

"O quê?"

"Quando nós vamos fazer o projeto de ciências?"

"Qualquer hora."

"O que você acha de amanhã? Você pode ir lá em casa?"

"Claro."

Deixei-a na casa dela. Eu ainda achava engraçado o fato dela não ter perguntado de onde o dinheiro veio ou quem é o John. Eu pensei que as garotas eram curiosas?! Bom, vamos torcer que ela não seja. Voltei para casa e me joguei no sofá.

"ONDE VOCÊ ESTAVA, PORRA?"

"Na casa de um amigo."

"Que amigo? Você não tem nenhum! Você é um pobre solitário."

"E você é um retardado."

Fiz meu caminho até a escada e quando subi o primeiro degrau, me senti sendo puxado para trás pelo cabelo.

"Eu não acabei de falar, moleque!" Ele gritou no meu ouvido.

"Parece que eu ligo?" Ele me deu um tapa com a mão livre.

"Enquanto você morar debaixo do meu teto, você vai seguir as minhas regras!" Consegui sentir o álcool na respiração dele.

"Eu sairia se pudesse. Seria muito ruim se a polícia viesse atrás de você." Disse com descaso e subi mais um degrau.

"Eu vou atrás da sua namorada se você fugir."

"Que porra é essa que você tá falando?"

"A garota que estava com você hoje." Ele abriu um sorriso.

"Eu não estava com ninguém hoje. Você está bêbado, não sabe o que está falando."

"Ah, eu sei sim, garoto."

"Não, você não sabe."

Ele segurou meu braço e me puxou para baixo, me fazendo cair na frente dele. Segurei seu pé, o fazendo cair. Subi em cima dele e o soquei até meus braços doerem. Eu ia dar o último soco quando ele segurou meu braço e nos trocou de posição. Meus braços estavam na frente do meu rosto para me proteger das pancadas. Tirei o braço quando senti que ele tinha parado de bater. Escolha errada. Ele enterrou um soco no mesmo lugar do roxo na minha mandíbula.

"Ah, CARALHO!" Gritei de dor.

Impurrei-o e antes que ele pudesse se defender, dei-lhe um soco na boca. Levantei e andei até a porta. Porra, provavelmente estava sangrando. Ouvi aquele filho da puta (desculpa vó, eu sei que a culpa não é da senhora) gemer antes de bater a porta atrás de mim.

Já era tarde da noite. Não sabia o que fazer. Não tem escola amanhã. Eu deveria estar muito entediado pois senti minhas pernas caminhando até a casa da Vanessa. A única luz que estava acesa era a do quarto dela. Segui direto pro jardim e achei uma escada e a usei para escalar a casa.

"Vanessa! Abre a janela, por favor?" Bati levemente na janela.

"O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI A ESSA HORA?" Ela sussurou meio que gritando, espantada.

"Senti sua falta, bebê." Dei-lhe um beijo na bochecha enquanto entrava.

Andei direto até a interruptor e desliguei as luzes. Não queria explicar a nova marca escura da minha coleção de roxos. Nem tive tempo de olhar no espelho para saber como estava.

"Por que você fez isso?" Ela perguntou quando voltei para perto dela.

"Sua mãe pode pensar que você está acordada e vir aqui te ver."

"Sim! Então você deve ir!"

Ela me empurrou para perto da janela de novo.

"O quê? Você não me quer aqui?"

"Jason, sério. Você tem que ir."

"Por quê?"

"Porque seus pais vão ficar preocupados!"

"Pode ter certeza que não vão."

"Vá para casa."

"Vamos, me deixe ficar, por favor!"

"Por que você quer ficar?"

"Eu gosto mais da sua cama."

"Por favor, poupe-me disso. Tenho certeza que a sua é melhor."

"Certo. Então vamos dormir comigo lá em casa."

"Dá licença?! Vá procurar outra garota ali na esquina!"

Ela me empurrou de novo.

"Vem aqui." A puxei pela cintura e me sentei na cama. Sentei-a no meu colo.

"O quê?"

"Me beija."

"Você está maluco? É uma da manhã!"

"Só me beija." Amuei meus lábios.

Senti-a empurrar meu rosto.

"Vai para casa, Jason. Você vai me ver amanhã de qualquer jeito!"

"Bom, porque você não pode me beijar agora?"

"Eu estou com sono, vai para casa."

"Eu vou dormir com você."

"Eu não preciso que ninguém durma comigo."

"Mas você quer que eu durma com você. Tem uma diferença entre querer e precisar."

"Tá bom. Não vou discutir mais com você. É melhor que você esteja longe daqui quando eu acordar amanhã."

"Boa noite, bebê." Beijei-a na bochecha e deitei, puxando-a para perto de mim.

"Ah, merda. Você não usa sutiã pra dormir?" Minha mão direita estava logo em baixo de um seio dela.

"Jason, se a sua mão subir mais um pouco eu vou te jogar pela janela. E eu não estou brincando."

"Certo, certo. Vou dormir agora. Obrigada por me deixar ficar."

"Durma."

~Respondendo~

Eu não tenho hora pra postar :B

Obrigada por indicar, linda!

Vou seguir todas quando eu entrar no twitter. (:

Awn, que bom que vocês estão gostando! :') mtmtmtmt feliz!


Diva, eu? Nem chego perto, hahaha

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Você é o que você come - 10° capítulo

Ponto de vista do Jason:

O que está acontecendo? A última coisa que eu lembro é de estar apanhando no beco, onde eu estou agora? Meus olhos abriram vagarosamente e eu vi um teto branco. Senti meus braços em volta de alguma coisa. Ou alguém, não sei dizer. Olhei para baixo e vi Vanessa. Ela dormia do meu lado no que parecia ser a cama dela. Movi meu braço e a ouvi grunhir. No mesmo instante parei e coloquei meu braço em volta dela. Eu acho que ela me salvou de uma. Como? A partir dai eu já não sei.

"Jason. Finalmente você acordou..." Ela disse enquanto se sentava, esfregando os olhos.

"Sim... Eu estou na sua casa?"

"Aham. Eu não achei que fosse lembrar o caminho da sua então te trouxe pra cá."

"O que você foi fazer lá?"

"No beco? Bom, eu vi três caras te batendo. Um deles era aquele pervertido de antes. Eu corri e eles me seguiram. Consegui fugir deles e voltei pra te pegar lá aonde você estava."

Eu amo do jeito que ela fez a história parecer curta e simples. Eu só assenti já que minha garganta estava seca. Precisava de água. Olhei em volta para ver se achava um copo de água ou alguma coisa parecida.

"Com sede? Tem água aqui no quarto."

Ela levantou e pegou a garrafa d'água. Levantei meu braço para pegar a garrafa e senti uma dor aguda. Merda. Por favor, que meu braço não esteja quebrado.

"Sim... Eles quebraram seu braço. Aqui, eu vou te ajudar a beber." Ela colocou a garrafa nos meus lábios.

Sem os meus dois braços... Tinham que ter quebrado o meu esquerdo também? Movi minhas pernas. Ótimo. Eles provavelmente torceram meu tornozelo. Não parecia quebrado. Meu corpo estava extremamente dolorido. Olhei para baixo e vi minha barriga nua.

"O que aconteceu com a minha camisa? Sua pervertida!" Sorri para Vanessa.

"Ah! Seu corpo estava tão quente-"

"Pois é, né?! Não conseguiu resistir?" Provoquei.

"O que eu quero dizer é que estava queimando, como se você estivesse com febre. Eu peguei um pano molhado e passei pelo seu corpo para esfriar. Já que você estava desmaiado, eu não podia fazer muito, podia? A menos que você quisesse que eu te amarrasse numa cadeira e te colocasse debaixo do chuveiro."

"Obrigada por escolher a primeira opção." Eu disse rapidamente.

"Sem problemas. Está com fome?" Ela perguntou.

Olhei para o relógio. 3:26 da manhã. Merda. Aonde ela acharia comida a essa hora?

"Não. Estou cansado." Disse e me joguei de costas na cama.

E eu fiquei nessa posição mesmo, pensando. Todas as memórias voltaram. Lembrei de quando ela estava me puxando para a cama, eu ainda estava quase desmaiado. Puxei-a comigo e segurei-a em meus braços. Fiz isso de novo. Coloquei meu braço em volta da cintura dela e encaixei-a em mim, para dormir de novo. Tê-la em meus braços me fez sentir quente e feliz por dentro.

Acordei na manhã seguinte e me vi sozinho na cama. Olhei o relógio e vi que ainda era antes das 8h. De repente, ouvi a porta do quarto abrir devagar. Vanessa entrou e fechou a porta atrás dela.

"Bom dia." Ela disse.

"Ah, oi." Respondi.

"Pedi para minha mãe para ficar em casa já que eu estou 'doente' e falei para ela ligar para escola já que você me 'mandou uma mensagem noite passada dizendo que você estava doente.' Tá bom? A menos que você pense que pode ir para escola nessa condição."

"Não, está tudo certo." Sentei na cama.

"Minha mãe sai para trabalhar em 10 minutos. Vocês está livre para fazer o que quiser depois. Eu vou dormir mais um pouco." Ela se jogou na cama enquanto falava e puxou o cobertor sobre ela.

"Se importa se eu me juntar a você?" Perguntei não querendo ser rude.

"Considerando que você fez isso a noite toda, deita aí." Ela bateu no espaço vazio do lado dela.

Deitei e puxei o cobertor sobre mim, mantive distância do corpo dela. É muito mais estranho dormir abraçado a ela agora já que estou mais sóbrio. Eu não estava bêbado ou drogado. É só que nós já acordamos... e conversamos. Era muito, muito estranho. Nem nos conhecemos direito! Para mim, dormir na cama dela era muito.

Depois de algumas horas, meu celular vibrou em cima do criado-mudo. Tirei uma mão de dentro do cobertor para pegar.

"Alô?" Sussurei.

"Jason, nos encontre no depósito mais tarde. Vamos dividir." John estava falando do dinheiro da noite passada.

"Claro." Respondi e estava quase pressionando o botão de desligar quando ele falou.

"Traga a garota também."

"Que garota?" Acordei completamente.

"Aquela que salvou tua bunda ontem à noite. Antes que eu pudesse aparecer para te ajudar." Ele disse e desligou.

Será que ele viu tudo? Será que ele queria matar Vanessa como da última vez?

"Hey, John quer ver a gente. Quer ir?"

"CLARO!" Ela gritou animadamente.

"Lembre-se, talvez ele ainda queira que eu te mate. Então só cala a boca, ok?"

"Sim, sim. Você fala e eu fico calada."

Vanessa levantou da cama e trocou de roupa. Fui para minha casa com ela, tomei banho e me troquei. Tive algumas dificuldades por causa do braço quebrado, mas no final eu consegui. Dirigimos até o depósito abandonado.

"Jason! Vanessa! Estou feliz que vocês conseguiram passar por isso."

"Pule essa parte e vamos dividir logo o dinheiro?!" Eu disse e sentei.

"Certo. Aqui está sua parte." John pegou uma mala cheia de dinheiro. "E aqui está a sua." Ele deu a Vanessa outra bolsa.

"Que porra é essa? Ela não fez merda nenhuma! Por que ela ganhou uma parte?"

"Ela te salvou, irmão."

"Mas por que ela está recebendo esse dinheiro?"

Vanessa era tão pura para mim. Dando para ela esse direito roubado estava de alguma forma diminuindo a pureza dela, no meu ponto de vista. Eu não queria aquelas mãos delicadas tocando aquele dinheiro nojento.

"Eu teria feito isso por qualquer um. Está tudo bem, sério." Ela devolveu a mala.

"Não, não. Isso é por salvar o Jason e a primeira parte por estar juntando-se a nós."

"O QUE VOCÊ DISSE?" Pulei da cadeira.

"Ela é sua parceira agora. Já que você não matou-a, deve ter comido ela pelo menos. Noite passada ela salvou a sua bunda. Encare os fatos Jason, ela é sua parceira perfeita para o crime."

"Inferno, não! Você sabe que essa garota me causou problemas uma hora depois de ter conhecido ela? Quem você acha que me deixou de detenção?"

"Eu sei de tudo que aconteceu. Pelo menos você desfrutou um pouco, né?" Ele piscou.

"Cala boca." Sussurrei olhando adiante.

"Parceiros... no crime? Legal! Estou dentro!" Vanessa disse alegremente.

"Ah, você não está não. Eu não quero trabalhar com você!"

"Problema é seu. Se o John disse que eu estou dentro, eu estou dentro."

"Ah que inferno! Não! Pelo menos não como minha parceira."

"Eu te salvei, cara! Isso pode ser vantajoso."

"Não."

"Sim."

"Não."

"Sim!"

Terminei levando-a a uma joalheria. Ela queria comprar novos brincos com o dinheiro que tinha acabado de receber. Ela ficou toda animada. Falava toda hora desses pares de brincos que queria e que estava economizando dinheiro para comprar.

"Dá licença, senhora. Posso ver estes, por favor?" Ela perguntou para a vendedora educadamente.

"Os de coração de diamante, querida?"

"Sim, por favor."

A moça pegou as chaves e abriu a gaveta de vidro para mostrar a Vanessa os brincos de diamante em forma de coração. Eles refletiam a luz, chegava a doer os olhos.

"Seu namorado parece gostar deles."

"Nós não estamos namorando." Eu disse e virei.

"Jason, o que você acha?" Ela me perguntou.

"Eu não ligo. Não sou eu que estou usando." Disse sem olhá-la.

"Vou levar estes, por favor."

Quando nós acabamos, andei pelo shopping com a Vanessa do meu lado. Ela gastou o dinheiro no brinco e colocou-os antes de sair da loja. Eles ficaram perfeitos nela. Eu não disse isso para ela, claro.

"Podemos ir para casa agora?" Ela disse depois de andarmos meia hora pelo shopping.

"Só mais uma loja." Disse enquanto entrava na loja de esportes.

Andei pela loja até achar o que queria. A perfeita bola de basquete. Sou um grande jogador, amo o esporte. Eu amo o quanto é físico. Hockey também, que você pode bater de propósito nos jogadores sem ninguém conseguir diferenciar se foi sem querer ou não.

"Uma bola de basquete, sério?"

"Você gosta de brincos. Eu de basquete."

"Justo o bastante. É só isso?"

"Aham, vamos."

~Respondendo~

A Vanessa pode ser pequena, mas vulnerável ela não é. Haha.

Eu sou uma menina (:

O John tem mais ou menos uns 19 anos.

E para a anoni que falou que eu sou linda: Fiquei até emocionada. hahahahaha

Obrigada quem está comentando que gostou!

Beijo!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Você é o que você come - 9° capítulo

Ponto de vista do Jason:

Detenção de novo. Ah, como isso é bom! Uma boa perda de tempo, isso sim. Parei por um segundo para ver o que Vanessa fazia. Ela estava limpando mesas. Estava focada no que estava fazendo até sentir o meu olhar sobre ela.

"O que é?" Ela virou pra mim.

"Nada." Respondi e voltei a limpar as cadeiras.

Fui pra casa depois da escola. Liguei pro John para avisar que as bombas já estavam instaladas. Ele veio até a minha casa e eu liguei as câmeras de segurança do banco pelo meu computador. Sou muito cuidadoso com todo esse processo de rastreamento de endereço de computadores que a polícia tem controle sobre.

"Pode ativá-las." John comandou.

Levantei e fui beber alguma coisa. Não estava com sede, não mesmo. Tinha uma menininha saindo do banco com a mãe e eu não queria que ela se machucasse. Ninguém era o alvo nessa missão. Era só pelo dinheiro, então o banco iria ser explodido. Pela câmera do computador nós vimos 3 caras vestidos só de preto, com máscaras revelando só os olhos, entrando com armas. Como o esperado, todos gritaram e/ou correram. Todas essas coisas que você naturalmente vê em filmes. Eles pegaram o dinheiro e sairam, e foi aí que eu explodi o banco. Tenho certeza que pelo menos a metade das pessoas lá dentro morreu. Hm, bom, aquele não era o dia de sorte deles. Resumindo a história: Os 3 caras entraram, pegaram tudo que conseguiam carregar, depois um carro preto veio e eles entraram. Agora tudo o que podemos fazer é esperar eles voltarem para o esconderijo e dividir o lucro.

"Eu não permito que você traga amigos para dentro de casa, Jason." Meu pai entrou na sala.

"Ele não é um amigo." Respondi sem tirar os olhos da tela do computador.

John, que estava na minha esquerda, levantou e saiu. Ele sabe que eu apanho, mas também sabe que eu bato. Eu sempre fui uma criança abusada. Só com aqueles que vem pra cima de mim.

"Vá para seu quarto."

"Eu já ia de qualquer jeito." Levantei e peguei meu laptop.

Quando eu passei por ele, ele puxou o laptop e o mesmo se estilhaçou no chão.

"QUE PORRA É ESSA?" Eu virei e gritei.

"Não fale comigo desse jeito!" Ele me deu um tapa no rosto.

Ah, estou tão sem disposição para isso agora! Soquei-o de volta. O roxo no meu olho de quando JP me socou estava finalmente desaparecendo. Infelizmente, outro apareceu ali. Eu acho que não vai sair mais nem tão cedo. Tenho que encarar os fatos. Segurei por trás da cabeça dele e a trouxe de encontro ao meu joelho. Soltei-o e sai pela porta, batendo-a atrás de mim.
Estava andando pela rua. Senti meu olho arder, aquela sensação tão familiar. Virei a esquina. As ruas estavam escuras com a excessão dos postes clareando só algumas partes.

"Ei, olha! É o Jason!" Alguém atrás de mim gritou.

Virei para ver quem era. O garoto parecia tão familiar... Tenho certeza que já o vi em algum lugar.

"Se divertiu com a minha piranha?" Ah. Inferno. O cara que tentou estuprar a Vanessa!

"Vá se fuder." Disse e virei para continuar a andar.

Senti meu ombro sendo puxado para trás. Vi que ele estava acompanhado.

Tinham 2 garotos atrás dele. Os dois do meu tamanho. Todos eles seguravam tacos de baseball. Hora de ir. Não vou me fazer de macho e apanhar até morrer. Tacos de baseball, 3 contra 1. Antes de eu dizer alguma coisa, fui encurralado até um beco. Depois disso foi só dor. Senti pancadas na cabeça, depois tudo ficou queito. E preto também.

Ponto de vista da Vanessa:

Eu estava quase fechando a janela do meu quarto quando ouvi um barulho vindo de baixo da minha janela. Era como se... alguém estivesse apanhando. Eu sei que sou pequena, mas se eu precisar sair de uma fria eu consigo. Peguei meu casaco e meu celular. Abri a porta e lembrei do que Jason me disse. "Fique dentro de casa à noite. Não saia em nenhuma hipótese." Não posso. Não se a vida de alguém depende disso.
Sai e procurei. Ouvi um gemido baixo seguido por sons de alguém apanhando. Senti um nó em minha garganta e engoli à seco. Segui os sons. Virei a esquina e olhei para um beco. Vi 3 garotos no que parecia ser um circulo. Dentro, vi pés. Então alguém deve estar no meio.

"O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO?" Gritei para chamar a atenção.

"Ah, oi bebê." Eles pararam na mesma hora e um veio em minha direção.

Merda! Era aquele estuprador do outro dia. Puta. Merda. CADÊ O JASON? Minhas preces foram ouvidas. Ele era quem estava apanhando. O garoto chegou perto de mim com um sorriso obsceno nos lábios. Meus olhos foram até Jason de novo. Seu corpo mole e vulnerável no chão. O cabelo todo bagunçado. Parecia morto.

"SAIA DE PERTO DE MIM!" Gritei enquanto ele chegava mais e mais perto.

"Bebê, qual é o problema? Lembra de mim? Eu estava com você outro dia antes desse filho da puta atrapalhar a nossa diversão. Não se preocupe, ele não vai poder atrapalhar dessa vez."

Ele deu outro passo e os outros 2 caras acompanharam ele. Eu sabia que tinha que correr, pelo menos para tirar eles de perto do Jason. Dei as costas pra eles e arranquei pela rua. Não conheço a vizinhança muito bem, mas sabia que se eu seguisse e virasse à esquerda na 3° rua eu voltaria para aonde Jason estava. Eu posso ser pequena, mas não sou devagar. Corri. Tudo o que eu fiz foi correr. Ouvia os passos atrás de mim. Nem ousei olhar para trás. Minhas pernas estavam se movendo o mais rápido que elas podiam. Elas chegaram num ponto que se sentiram pesadas e dormentes. Mas eu não parei. Não podia. A minha vida e a do Jason dependiam disso. Achei a rua e virei à esquerda. Peguei um atalho, mantendo a velocidade. Corri para dentro do parque. Peguei o caminho mais longo, que tem mais voltas. Mais chances de conseguir despistar esses desgraçados que estavam me seguindo.


~Respondendo~

O pai da Vanessa vai voltar e vai surpreender vocês. Haha.

E sim, o título tem haver.

Beijo!

sábado, 17 de setembro de 2011

Você é o que você come - 8° capítulo

Ponto de vista do Jason:

Quando vi Vanessa sendo carregada até onde eu estava meus olhos se arregalaram e eu quase engasguei. Ela não deveria estar ali! O que ela foi fazer lá? Queria perguntá-la mas John e o resto do grupo estava presente. Tanto faz, agora a merda já estava feita. Quando John me mandou matá-la o mini eu estava vasculhando em minha mente alguma desculpa para livrá-la dessa. Com a pressão e o nervosismo, tudo que me veio na cabeça foi dizer que ela era fofa.

Deixei-a em casa e segui para a minha. Procurei pela planta do banco. Eu precisava saber os exatos lugares aonde eu trabalharia. Não deveria ser muito difícil. Claro, eu iria sentir falta da noite não dormida, mas eu tinha que planejar tudo o mais rápido possível. Amanhã durante a escola vou ter que instalar as bombas sem ninguém ver. Comecei o plano.

Às 3h dormi um pouco, depois de ter terminado o plano e feito algumas bombas.
Me espreguicei e sai da cama. Meus olhos continuaram fechados desde que não queriam que eu levantasse ainda. Mas eu precisava sair. Entrei no chuveiro para acordar, rotina normal. Desci as escadas.

"Estou doente. Não posso ir a escola hoje." Disse ao meu pai.

"Por quê?"

"Estou doente, não ouviu?"

"Tanto faz." Ele disse e voltou a ler o jornal.

Voltei para o meu quarto. Eu sabia que ele ia ligar pra escola e avisar, então não vou precisar ligar e fingir. Liguei meu celular. Tinha uma mensagem de "bom dia" da Vanessa. Não deveriam ser os garotos os primeiros a mandar a mensagem? Fechei e decidi não responder. Se eu respondesse agora, ela vai pensar que vai poder me mandar mensagens toda hora e vai me perguntar aonde eu estou.

A manhã passou rápido até o meio-dia. Sai de casa com a minha mochila preta nas costas. Estava usando roupas normais. Peguei o ônibus e segui até o banco. Reconheci algumas pessoas enquanto entrava. Não somos próximos, mas proximidade nunca me atrapalhou de realizar as minhas missões.

"Olá." Andei até uma menina.

"Ah, oi Jason! Quanto tempo!" Ela disse sorrindo.

Joguei meu cabelo pro lado e devolvi o sorriso, mostrando os meus dentes perfeitamente brancos.

"Oi baby, como vai?"

Eu só precisava que ela me levasse até o escritório da mãe dela. Lá era o lugar onde a bomba seria instalada. Ela é três anos mais velha do que eu, o que a faz ter 20. A mãe dela trabalha aqui e ela ajuda quando pode. Hoje é meu dia de sorte por tê-la encontrado aqui. Eu já gostei dela uma vez. Estava naquela época em que garotas mais velhas parecem ser mais gostosas. Agora, namorar gente mais velha parece namorar sua babá. Na verdade, ela já foi minha babá. Meu pai teve que contratar uma já que eu fugia toda hora e era trago de volta pra casa pela polícia. Eles fizeram meu pai contratar alguém para tomar conta de mim.

"Eu sou mais velha que você, eu que devo te chamar de baby." Ela riu e mexeu no meu cabelo.

"Psh. Então?" Joguei minha franja mais uma vez.

"O que você quer, Jason?"

"Eu tenho que querer alguma coisa pra falar com você?"

"Você nunca fala a menos que precise de alguma coisa. Você faz tudo sozinho."

"Talvez eu mudei?!"

"Provavelmente, não."

Merda, ela é boa.

"Então, me diga sobre você. O que aconteceu nesses anos?"

"Nada demais. Tive alguns namorados, nada funcionou."

"Porque você ainda me ama, certo?"

Nós custumávamos brincar de namorado e namorada. Então nós terminamos no dia que ela parou de cuidar de mim. Essa foi a última vez que a vi sem contar com os encontros do acaso na rua ou em lojas.

"Sim, meu pequeno chasebear."

Ela custumava me chamar assim já que sempre tinha que me procurar pela casa e me impedir de destruir coisas.

"Sabia disso. Bom, eu senti sua falta também."

"Engraçado. Eu nunca pensei que você fosse sentir falta de alguém de verdade."

"Eu não sou sem coração, você sabe."

"Eu sei. Só... Tem o coração coberto de gelo."

Não disse nada. Ela é a única pessoa que sabe muito sobre mim. Provavelmente, me conhece mais do que eu mesmo me conheço. Eu não confio em pessoas, animais e objetos que se movam, particularmente.

"Desculpa. Então... o que faz aqui?"

"Não, tudo bem. Vim aqui abrir uma conta. Me ajuda?"

"Não gosta mais do porquinho?"

"Shhh! Eu tinha 10 anos!"

"Haha. Certo. Vamos fazer seu cartão agora."

Ela me levou até uma sala com grandes janelas de vidro. Sentou-se atrás de uma mesa e ligou o computador.

"Certo. Vamos pular algumas informações que eu já sei sobre você..." Ela disse falando mais consigo mesma do que comigo.

Eu disse algumas informações minhas que ela desconhecia. Ela saiu e foi pegar o meu novo cartão em uma sala diferente. Essa era a chance que eu precisava. Corri até uma bancada qua ficava do lado do cofre e antes de colocar, olhei em volta para ver se tinha alguém. Ninguém. Perfeito. Implantei a bomba-relógio, que não tinha sido ativada ainda e voltei para a cadeira. Posso ligar o timer da bomba do meu computador, em casa.

"Pronto, aqui está, Sr. McCann." Ela disse e me entregou o cartão.

"Obrigada, Jade." Peguei e sai.

Antes de sair, parei em alguns lugares fingindo ler panfletos, mas na verdade, estava colocando pequenas bombas em baixo das mesas. Depois de terminar, sai.
Ainda tenho tempo pra escola. Bom, uma hora mais ou menos. Peguei um ônibus. Normalmente, eu iria pra casa depois de um dia como esses. Eu não tinha ideia do porque eu estava indo pra escola. Talvez porque eu queria pegar meu dever de casa? Nah. Sei porquê. Eu não via Vanessa desde ontem e isso me incomodava.
Sai do ônibus e entrei na escola.

"Jason. Vejo que já está aqui para a detenção."

Merda. Na verdade, eu tinha esquecido disso. Puta. Merda. Eu não deveria ter vindo!

"Uhh..." Foi tudo o que eu disse antes de ir direto para sala.

"Sim, Vanessa?" Ouvi a professora escolher Vanessa para responder a pergunta
enquanto eu entrava.

"Oi Jason!" Ela gritou ao invés de responder a pergunta da professora.

Balancei minha cabeça em sua direção e sentei. Ela terminou de responder e a professora passou o dever de casa.

"Onde você estava?"

"Não te interessa."

Eu sei que fui grosso, mas eu precisava deixar claro que ela não tem nada a ver com o que eu faço e que ela não vai meter o nariz nisso.


~Respondendo~

Anoni que perguntou se a Vanessa é virgem: Sim, ela é.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Você é o que você come - 7° capítulo

Ponto de vista da Vanessa:

Quando eu estava no vestiário masculino mais cedo, ouvi o celular do Jason vibrar dentro do locker. Eu sei que não deveria ver, mas não consegui me controlar. Não tinha ninguém aqui. Ouvi passos de lá de fora, estavam correndo. Decidi checar rapidamente. Abri o locker e levantei as roupas dele, logo encontrei um blackberry branco. Tinha uma nova mensagem. Abrir ou não? Eu sabia que se eu abrisse a mensagem, ela vai aparecer como lida. Eu não deveria... Jason é tão misterioso. Não consegui me segurar e apertei o botão. A mensagem era de alguém chamado John.

“Certo. Esteja no depósito à tempo.” Era tudo o que estava escrito.

Que depósito? Qual? Só existe um depósito na cidade, mas ele está abandonado. Jason tinha mesmo cara de frequentar tal lugar. Eu já sabia que ele não era uma das melhores companhias desde quando tombei com ele, ontem. Rapidamente,
coloquei o celular no lugar e sai.

***

“Tchau, Vanessa!” Dylan disse e saiu.

“Tchau!” Acenei.

Andei até a diretoria e deixei meu celular e meu iPod em cima da mesa da secretária. Jason seguiu meus passos. Me pergunto se ele já viu a mensagem. Acho que ele nem sabe que recebeu uma. Só espero que ele não desconfie de mim.

“Certo. Segundo dia. Aspirem essas salas.” Ela disse e me deu uma lista de salas.

Jason e eu saímos para pegar os aspiradores de pó. Tinham muitas salas. Onde está o zelador? Ele que deve fazer esse trabalho. Aspiramos todas as salas. Jason separou o trabalho entre nós dois, para ser feito mais rápido. Provavelmente, ele quer muito encontrar esse tal de John no depósito. Eu queria saber o que ele iria fazer num depósito abandonado. Decidi seguir ele. Não tenho nada de melhor pra fazer mesmo.

“Pronto.” Nós voltamos à diretoria.

“Ótimo. Estão dispensados.” Ela disse e nos levou até a porta.

“Jason. Você pode me dar uma carona, por favor?” Eu perguntei quando vi as escuras nuvens no céu.

“Não.” Ele disse, entrou no carro e saiu.

“Tudo bem. Continue assim.” Disse a mim mesma. “Mãe, você pode vir me buscar?” Pedi por telefone.

Minha mãe chegou depois de mais ou menos 5 minutos. Pedi a ela que me deixasse próximo ao depósito abandonado. Não na porta. Nunca que ela iria me deixar entrar num lugar desses. Nunca mesmo. Ela iria pensar que eu estou dentro de uma gangue ou alguma coisa parecida. Essa foi a razão da minha mãe ter separado do meu pai. Não faço a mínima ideia de onde ele esteja agora. Eu não tenho contato com ele já faz 3 anos. Meu pai comandava uma gangue. Por isso, eu sempre tive tudo que queria. Ele trazia o dinheiro pra casa. Até a minha mãe descobrir que ele matava pessoas pra conseguir esse dinheiro. Ela mandou ele parar, mas ele não ouviu. Ela preparou os papéis do divórcio sem ele saber e ele assinou um dia antes de nós sairmos de casa. Daí nos mudamos pra cá. Me pergunto se meu pai ainda ama mamãe. Eu sei que ela sente falta dele, mas nunca vai admitir isso.

Menti pra ela, disse que tinha um trabalho pra fazer na casa de uma amiga. Fui andando todo o caminho até o depósito. Quando cheguei na porta, vi que o lugar estava muito acabado. Ainda estava em dúvida se entrava ou não, afinal, nem tinha certeza se o Jason estava aqui mesmo. “Eu devo checar, já estou aqui mesmo. E mais, está chovendo pra caramba e não vou ficar aqui nessa chuva.” Pensei.

Abri a porta cautelosamente. Quando eu comecei a abrir, a porta fez um barulho alto. Se existe alguém aqui mesmo, eu vou ser pega com certeza. Apenas fiquei parada, no meio do espaço aberto entre a porta.

“Jason. Ou você faz isso, ou eles vão ficar no seu pé, com certeza. Eu não vou poder te salvar de novo, entendeu?” Um cara estava em pé, na frente do Jason.

Jason estava sentado numa cadeira, com os pés numa mesa.

“Eu sei.” Ele disse e bocejou.

Eu poderia dizer que o cara que estava na frente dele estava quase falando alguma coisa quando me senti sendo empurrada pra baixo e cai nos meus joelhos.

“OLHA O QUE TEMOS AQUI!” Um cara com sotaque Australiano gritou por trás de mim.

Olhei pra trás. De onde eu estava vendo, de joelho, ele parecia gigante. Ele é magro... Definitivamente alto. Loiro, olhos escuros.

“Traga ela aqui.” O cara que estava na frente do Jason disse.

O loiro me puxou pelo cabelo. Gritei de dor ao sentir meu cabelo sendo quase arrancado do couro cabeludo. Ele segurou minhas mãos. Eu estava chutando o ar e gritando, pedindo pra ele me colocar no chão.

“O que você está fazendo aqui?” Jason parecia chocado.

“Conhece ela?” O loiro perguntou.

“Não.” Jason disse e se sentou novamente.

“Qual é o seu nome, garotinha?” O outro perguntou.

“Vanessa.” Respondi.

“Coloque ela no chão.” O cara que parecia ser o líder comandou.

Na mesma hora, fui derrubada no chão.

“Mais gentil da próxima vez, por favor.” Encarei o loiro.

“Cala boca.” Ele disse e me empurrou em direção ao Jason, que ainda estava sentado na cadeira.

Cai sentada no colo do Jason. Ele rapidamente me ajudou a levantar de novo.

“Aw, ela gostou de você.”

“Cala boca, John.” Jason respondeu.

Então o cara que estava na frente do Jason se chamava John. Ele é alto. Não tão alto quanto o cara com sotaque Australiano, mas mais alto que eu, com certeza. Ele é branco, tem o cabelo loiro escuro. Parece ter uns 19 anos.

“Tanto faz. Se divirta com ela.”

O que isso significa? Senti Jason puxar o meu cardigan, estava tentando tirá-lo. Arfei e me afastei dele. Puxei meu cardigan de volta pro lugar.

“Se acalme. Eu não vou fazer nada aqui.” Ele disse e deu um passo em minha direção.

“Fique aonde está.” Eu avisei.

Ele deu outro passo. Eu me afastei. Isso se repetiu até minhas costas baterem no garoto australiano.

“Peguei.” Ele disse e me segurou.

“Ela é minha.” Jason disse e se aproximou.

“Certo. Ela é muito baixa pra mim, de qualquer jeito.” O australiano disse e me
jogou pro Jason.

Jason me pegou e me segurou em seus braços. As mãos dele estavam extremamente baixas. Não sei de quem eu estava com mais medo agora. Meus pensamentos voltaram pro evento da noite passada. Eu não achava que o Jason iria fazer isso comigo. Sei que ele não é o garoto mais bonzinho daqui, mas estuprar garotas?

“Acalme-se.” Ele sussurou em meu ouvido.

Continuei sem me mexer enquanto ele falava.

“Vou levar ela pra casa.” Jason disse e segurou minha mão.

“Espera. O que você acha que está fazendo? Ela sabe muito.” John disse.

“Não se preocupe. Ela não vai contar nada.”

“Não. Eu não confio nela. Eu sei que você também não. Apenas mate ela.” John
disse enquanto pegava uma faca.

Eu não sabia o que fazer agora. Então eu afundei meu rosto no peito do Jason.

Seus braços quentes envolveram a minha cintura.

“Não. Ela não vai contar.” Jason tentou de novo.

“Mate ela. Você nunca teve problemas em matar antes.”

“Eu não tenho problema em matar homens.” Jason corrigiu.

“Oh. Então ela vai ser a primeira garota.”

“Ela é fofa. Eu gosto dela.” Meu coração parou de bater.

Ele acabou de me chamar de fofa? Meu estômago se revirou. É como você ver o garoto que você gosta olhando pra você, ou quando ele fala com você. Esse sentimento.

“E? Existem muitas outras garotas por aí.”

“Bom... Eu não comi essa ainda.” Ele respondeu.

Meu sorriso desapareceu. Que bom que meu rosto ainda estava escondido no peito dele. Senti seus braços se apertarem em volta da minha cintura.

“Oh. Então faça isso e mate-a logo depois.” John jogou alguma coisa pro Jason e o senti soltar uma mão pra pegar.

Continuei parada. Jason não disse nada até eu ouvir as portas se fecharem. Ele me afastou dele e me fez olhar em seus olhos.

“Você está bem? O que você está fazendo aqui? Está machucada?” Ele me encheu
de perguntas.

“Não. Eu estou bem...” Eu respondi ainda anestesiada.

“Não me assuste desse jeito de novo!” Ele gritou e me puxou pra um abraço apertado.

“Jason. O que ele te deu?” Eu disse com os braços ainda em volta dele.

“Um preservativo.” Ele respondeu com um meio sorriso.

“Pra quê?” Me fiz de idiota.

“Pra que serve um preservativo? Vamos.” Ele me empurrou em direção a uma
porta pelo braço.

Puxei meu braço de volta.

“Eu não vou transar com você.” Eu disse.

“Aw, por que não? Não me acha gostoso? Não acha que eu sou grande o bastante?” Ele provocou.

“Jason. Eu estou falando sério.”

“Eu sei. Eu também. Você acha que eu não mereço você?”

“Não... É que...” As palavras desapareceram.

“Vamos! Eu já tenho o preservativo. Tem uma cama nesse quarto.” Ele apontou.

Meus olhos se arregalaram quanto ele tentou me empurrar em direção ao quarto.

“JASON!” Eu gritei e me afastei dele.

“HAHAHA! Você deveria ter visto a sua cara!” Ele riu.

“Ai meu Deus! Cala boca! Eu pensei que você estava falando sério!” Eu gritei depois de perceber que ele estava brincando o tempo todo.

“Tanto faz. Você me deve alguma coisa depois de eu ter salvado você duas vezes.” Ele disse depois de parar de rir.

“Vou te cozinhar alguma coisa.”

“Não. O que você acha de uma sessão de pegação numa cama?” Ele perguntou
parecendo estar falando sério.

“Dá licença?!” Eu perguntei, chocada.

Não sabia se ele estava brincando de novo ou não.

“Pegar. De verdade. Cama ou algum lugar confortável.”

“Por quê?” Perguntei.

“Porque você é gostosa. E mais, sabe como usar a sua língua.” Ele deu de ombros.

Meu coração estava acelerado. Jason é extremamente atraente. Seu corte de cabelo era igual ao do Justin Bieber antes dele cortar. Ele realmente parecia muito com ele. Senti as mãos dele na minha cintura e seu rosto mais próximo do meu.

“Hm? Está tudo certo? Eu não vou te forçar a nada mais íntimo.” Ele perguntou e beijou minha bochecha.

“Veremos.” Eu disse e o puxei pra fora, onde ainda estava chovendo.

Eu sei que ele considerou isso um ‘sim’ e eu vi o sorriso dele. Tentei cobrir minha cabeça enquanto ele me colocou dentro do Chevy dele.

“Vou te levar em casa se você me der seu número.” Ele piscou.

Eu sorri e peguei o celular dele.

“Desbloqueia, por favor?”

Jason pegou o celular da minha mão e colocou a senha e logo depois me devolveu.

Me adicionei na lista de contatos e mandei uma mensagem pra mim mesma pra pegar o número dele.